terça-feira, 1 de novembro de 2016

Gênero textual Editorial

Estrutura


Por ser um texto dissertativo-argumentativo, os editoriais apresentam a estrutura básica dividida em três partes principais:

Introdução: exposição do (s) assunto (s) que serão tratados no decorrer da leitura

Desenvolvimento: momento em que a argumentação do escritor será a principal ferramenta

Conclusão: finalização do texto com a opinião do autor ou da equipe
















Protestos no Brasil e a Crise Econômica

       Desde o ano passado nos deparamos com as diversas manifestações que se espalham pelas capitais e cidades do país. Todas elas demonstram a insatisfação dos brasileiros com a política, economia e os problemas sociais no geral. O que mais ouvimos no café, no supermercado, nas paragens de ônibus ou mesmo no trânsito são frases do tipo: “Aonde vamos parar”, “Isso é culpa do PT”, “Estamos afundando” “O preço das coisas aumentam e nosso salário nunca”.

          Essas frases proferidas pelos mais diversos tipos de brasileiros nos indicam que a insatisfação e a crise econômica cresce cada vez mais no país e os que têm possibilidades (mínima parcela) estão deixando o país para terem vidas melhores longe da nação verde e amarelo. Mas será que essa é a solução? Vale ressaltar que muitos dos que deixam o país tem conhecimentos superficiais sobre a política e a economia e, na maioria das vezes, são os mais preconceituosos com os nortistas e nordestinos.

         Sabemos que a chave para a solução dos problemas instaurados no país de ordem social, política e econômica tem somente uma alternativa: o investimento em políticas públicas voltadas para o desenvolvimento educativo no país, sobretudo da implementação de disciplinas que abordem as questões sobre diversidade, pluralidade e gênero. Mas isso é somente a ponta do iceberg. Ou seja, a solução não é deixar o país, mas lutar para a melhoria do nosso Brasil, que se deparou com o iceberg e diferente do Titanic, quer mudar o curso. A frase “salve-se quem puder” deve ser mudada para “salvemos o nosso país todos juntos”.


Equipe Folhetim de Minas

Gênero textual Canção

Xote Ecológico (Luiz Gonzaga)
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar.
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu.
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu.
E o verde onde que está?
Poluição comeu.
 Nem o Chico Mendes sobreviveu.

1- Sobre o texto é correto dizer:

a) A “poluição” age contra o bem-estar da natureza, e, por conseguinte, das pessoas.
b) São vítimas da “poluição” apenas a “flor” e o “peixe”.
c) A “poluição” não interfere diretamente na qualidade do ar.
d) Embora a “poluição” incomode em algumas ações do homem, é possível ter uma vida saudável com ela.
e) A poluição não tem relação alguma com a qualidade da alimentação das pessoas.

2. Marque a alternativa que melhor traduz o sentimento expresso no texto:

a) Alegria com a atitude dos homens.
b) Medo de acabar a cachaça.
c) Ódio diante do comportamento dos homens.
d) Indignação com a atitude dos homens.
e) Esperança nas atitudes humanas.

3. Assinale a alternativa que apresenta a relação incorreta quanto à significação da palavra em destaque:

a) “Poluição comeu” - “Poluição destruiu”.
b) “Nem o Chico Mendes sobreviveu” – “Nem o Chico Mendes morreu”
c) “Se plantar não nasce” – “Se plantar não brota”
d) “se nasce não dá” – “se nasce não vinga” e) “E o verde onde que está?”
 “E a mata onde que está?”

4. A alternativa em que todas as palavras estão corretamente separadas é:

a) Po-lu-i-ção – am-bien-te – re-cur-sos.
b) Po-lui-ção – am-bien-te – re-cur-sos.
c) Po-lui-ção – am-bi-en-te – re-cu-rsos.
d) Po-lu-i-ção – am-bie-nte – re-cu-rsos.
e) Po-lu-i-ção – am-bi-en-te – re-cur-sos.

5 ( Pensando na produção) - Leve para a classe a canção Xote Ecológico e proponha aos alunos a criar paródias.


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Interpretação do texto "Aprendendo com os erros" com respostas

ESCOLA _________________________________________________DATA:_____/_____/_____
PROF:______________________________________________________TURMA:____________
NOME:________________________________________________________________________

Aprendendo com os erros
            O mestre conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho caminhasse com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
            O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
            Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.
            – Você não me ensinou nada hoje - diz o aprendiz, levando mais um tombo.
            – Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.
            – E como lidar com eles?
            – Como deveria lidar com seus tombos - respondeu o mestre - Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.

Questões
1)    Qual é o titulo do texto?
 R: O título do texto é “Aprendendo com os erros”.
2)    Quais são os personagens principais da história?
R: Os personagens são o mestre e o aprendiz.
3)    Onde se passa a história?
R: A história se passa em uma floresta.
4)    De acordo com a história qual é a diferença entre aprendiz e mestre?
R: A diferença é que um caminha pela floresta com igualdade e o aprendiz escorregava e caia a todo instante.
5)    Qual era a reação do aprendiz quando caia? O que isso mostrava sobre ele?
R: O aprendiz levanta-se e cospe no chão. Resposta pessoal.
6)    Qual foi a reação do aprendiz quando o mestre ao chegar ao local sagrado, resolveu voltar?
R: o aluno reclamou dizendo que o mestre não havia lhe ensinado nada.
7)    Explique com suas palavras, o que o mestre ensinou e de que maneira.
R: O mestre ensinou a como lidar e aprender com os erros. Ele usou a caminhada e os tombos para tentar ensinar o aprendiz.
8)    Em sua opinião, o que o aprendiz poderia ter feito de diferente para aprender a lição mais rápido?
R: Resposta pessoal (Ao invés de ficar reclamando dos tombos ele poderia ter prestado atenção ao que o fazia cair, para não cair novamente.)
9)    Explique com suas palavras, como podemos usar essa lição em nossas vidas?
R: Resposta pessoal.


quarta-feira, 30 de abril de 2014

Gênero textual Poemas / 6º ano

GÊNERO TEXTUAL POEMAS  6º ANO
CONHECENDO O GÊNERO POEMA  

Qual a diferença entre poesia e poema?
    Poesia, segundo o Miniaurélio Século XXI, é a “arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados”. Já o poema é definido como “obra em verso ou não em que há poesia”.
     Então essa é a diferença: quando falamos em poema, estamos tratando da obra, do próprio texto; e, quando falamos em poesia, tratamos da arte, da habilidade de tornar algo poético. Uma pintura, uma música, uma cena de um filme também pode ser poéticas. 

É difícil definir as características próprias de um poema. Um texto escrito em versos rimados é um poema, mas outro sem rima também pode ser. Um texto cujas palavras se organizam na folha de papel lembrando a forma de um girassol também pode ser um poema. Poemas tem várias formas e falam de diferentes temas.

Ao tomarmos como exemplo poemas consagrados da Língua portuguesa, como “infância”, de Carlos Drummond de Andrade; “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias; “A onda”, de Manuel Bandeira; ou “Emigração e as consequências”, de Patativa do Assaré, observamos que revelam sentimentos como tristeza e angústia, cantam saudades e belezas da terra natal, contam uma história, ou denunciam injustiças e desigualdades sociais, ou seja, versam sobre diferentes temas.

Vamos ouvir alguns poemas consagrados da literatura brasileira, observando o ritmo e a musicalidade. Acompanhe.

Canção do exílio – Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

 Em  cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
      
 Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
 Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 


Infância – Carlos Drummond de Andrade
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

  No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!

 Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
      
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.


Os poetas escrevem para emocionar, divertir, convencer, fazer pensar o mundo de um jeito novo. Eles usam diferentes recursos, como rimas, repetições, metáforas e até formas diferentes de colocar as palavras no papel. Tudo para transmitir ideias, experiências e emoções ao leitor.


O poeta pode jogar com a sonoridade, rimando as palavras, repetindo sons parecidos nos versos, fazendo que eles ecoem ao longo do texto.

Poetas também usam como recursos a comparação. Podem ir além e transmitir a impressão que algo lhes causou, criando imagens. Quando fazem isso, criam metáforas. Assim, dão às palavras um sentido mais rico, como se elas quisessem dizer algo mais.

Meus oito anos – Casimiro de Abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!


Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!


Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!


Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!


................................


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Apesar de tantas possibilidades, podemos identificar dois aspectos comuns a todos os textos. O primeiro é a maneira original de os poetas verem as coisas, que encanta e emociona o leitor. O segundo, o uso das palavras de forma especial, de modo diferente do habitual.

ELEMENTOS DO POEMA

Poema: conjunto de versos.

Verso: Linha de uma composição poética, dotada de um ritmo e cadência determinados.
Estrofe: Grupo de versos que formam geralmente sentido completo num poema. As estrofes do mesmo poema são separadas uma das outras por um espaço em branco.
Ritmo: O ritmo do poema é a sucessão de sons fortes (sílabas tônicas) e sons fracos (sílabas átonas), repetidas com intervalos regulares ou variados que dão musicalidade (melodia) ao poema.
No poema, as pausas existem não necessariamente através de sinais de pontuação, mas as palavras provocam a melodia e, o ritmo é determinado por elas e pela sequência de sons.
A distribuição das sílabas átonas e tônicas e o tamanho do verso determinam o seu ritmo. E para medi-lo é necessário observar a quantidade e a intensidade das sílabas.


Rima: é recurso usado nos poemas para dar sonoridade. Consiste em colocar palavras com sons iguais a partir da última vogal tônica no meio (rima interna) ou no fim (rima final) do verso. Aqui vamos deter-nos nas classificações que mais interessam para a composição de poemas.

Quanto à disposição, as rimas classificam-se em: 

Emparelhadas ou paralelas (1º com 2º, 3º com 4º - esquema: AABB): 
No rio caudaloso que a solidão 
retalha, 
na funda correnteza na límpida 
toalha, 
deslizam mansamente as garças 
alvejantes; 
nos trêmulos cipós de orvalho 
gotejantes... 
(Fagundes Varela) 

Alternadas ou cruzadas (1º com 3 º, 2º com 4º - esquema: ABAB): 
Amor, essência da 
vida, 
é uma expressão de 
Deus. 
Alma, não fique 
perdida! 
Ele luz os dias 
seus. 
(Josete - http://www.escrevo.net/index.php) 

Opostas (1º com 4º, 2º com 3º - esquema: ABBA): 
Mais de mil anos-luz já separado, 
Naquela hora, do meu pensamento. 
O filme de uma vida, ínfimo momento, 
O derradeiro instante havia impregnado. 
(Ferraz - http://www.escrevo.net/index.php) 

Encadeadas ou internas  (a palavra final do verso rima com uma palavra do meio do verso seguinte): 
"Quando alta noite n'amplidão flutua

Pálida a lua com fatal palor,
Não sabes, virgem, que eu te suspiro
E que deliro a suspirar de amor."
(Castro Alves) 

Misturadas (não possuem posição regular): 
De uma, eu sei, entretanto, 
Que cheguei a estimar 
Por ser tão desgraçada! 
Tive-a hospedada a um canto 
Do pequeno jardim; 
Era toda riscada 
De um traço cor de mar 
E um traço carmesim. 
(Alberto de Oliveira) 

A partir do início do séc. XX, os poetas, numa rebeldia, porque não queriam mais a poesia com esta forma rígida, criaram os versos sem rima, que são chamados brancos. 

Quanto à natureza, as rimas classificam-se em:

Rimas pobres: quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical (substantivo com substantivo, por exemplo).

Rimas ricas: quando as palavras que rimam pertencem a classes gramaticais diferentes (um substantivo e um adjetivo, por exemplo).

Examinemos o quarteto abaixo: 
Um mestre, embora muito sonhador, 
Precisava esconder sua afeição... 
Na Idade Média, uma imortal paixão 
uniu uma aluna e um professor. 
(Mardilê Friedrich Fabre)

A palavra paixão, que é um substantivo, rima com afeição, que também é um substantivo. Temos rima pobre.

A palavra professor, que é um substantivo, rima com sonhador, que é um adjetivo. Temos rima rica.

Rimas preciosas: quando as palavras que rimam apresentam estruturas gramaticais diferentes. 
Por exemplo: estrela com vê-la.

Quanto à fonética, as rimas classificam-se em:

Perfeitas: quando todos os fonemas (sons das letras), a partir das últimas vogais tônicas dos versos são iguais. Exemplo: vida e perdida.

Imperfeitas: quando os fonemas são semelhantes a partir das últimas vogais tônicas dos versos. Exemplo: Deus e céus.

Toantes: quando somente as últimas vogais tônicas dos versos são iguais. Exemplo: hora e bola




Atividade 1
Leia o poema
Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz
Otávio Roth
Passarinho na janela
Pijama de flanela,
Brigadeiro na panela.

Gato andando no telhado,
Cheirinho de mato molhado,
Disco antigo sem chiado.

Pão quentinho de manhã,
Drops de hortelã,
Grito do Tarzan.

Tirar a sorte no osso,
Jogar pedrinha no poço,
Um cachecol no pescoço.

Papagaio que conversa,
Pisar em tapete persa,
Eu te amo e vice-versa.

Vaga-lume aceso na mão,
Dias quentes de verão,
Descer pelo corrimão.

Almoço  de domingo,
Revoada de flamingo,
Herói que fuma cachimbo.

Anãozinho de jardim,
Lacinho de cetim
Terminar o livro assim.

Agora responda:

a- Do que trata o poema apresentado?_____________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________

b- Como sabe que é poema? ______________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

c- Por que os poema é diferente de uma notícia de um jornal, de um verbete de dicionário ou de um conto?________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d- Como ele se organiza no papel?________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e- Há sons que se repetem? Comente. ____________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

f- Há palavras ou expressões que, mesmo distanciadas dentro do texto, podem ser associadas, por terem semelhanças sonoras?_______________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atividade 2

Sons e quadras
As quadras são estrofes compostas por quatro versos. Elas nasceram com o povo português na era medieval. Quadra é uma forma antiga e popular de organizar os versos e é usada até hoje no Brasil. As crianças conhecem muitas quadras populares, algumas como cantigas de roda:

                  O cravo brigou com a rosa,
                  Debaixo de uma sacada.
                  O cravo saiu ferido,
                  E a rosa despedaçada.





Veja outras quadras:

Não sei se vá ou se fique
Não sei se fique ou se vá
Ficando aqui não vou lá
E ainda perco o meu pique

Sílvio Romero. Cantos populares do Brasil.
São Paulo, José Olympio, 1954.

Ô seu moço inteligente
Faça o favor de dizer
Em cima daquele morro
Quanto capim pode ter?
Ricardo de Azevedo. Armazém do folclore.
São Paulo, Ática, 2000.


Você já aprendeu que os versos podem rimar de diferentes formas.
Agora, complete os versos  nas quadrinhas abaixo  com palavras que rimam.

Ô seu moço inteligente
Faça o favor de dizer
Em cima daquele morro
Quanto capim pode ___________?


                       Lá no fundo do quintal
                       Tem um tacho de melado
                       Quem não sabe cantar verso
                       É melhor ficar _________________


Meu amor falai baixinho                                     Vale a pena ser discreto?
Que as paredes têm ____________;                 Não sei bem se vale a __________
Segredo mais encoberto                                    O melhor é estar quieto                           
É sempre o mais conhecido                               E ter a cara serena.

                                                                         





PRODUÇÃO ESCRITA

Você vai escrever uma quadrinha sobre o tema que preferir. Use a sua imaginação para criar um texto criativo e estimulante, pois os seus colegas terão a oportunidade de conhecer o seu poema, que será recitado em sala de aula. Para produzir a quadrinha, siga as orientações a seguir.

a- Releia, se desejar, as quadrinhas da atividade 2.
b- Pense em alguns temas como: amizade, escola, amor, paz, viagem, brincadeiras, sentimentos, família, animais.
c- Pense em palavras relacionadas ao tema escolhido e que rimem.
d- Escolhido o tema, faça uma lista de palavras que se relacionem a ele.
e- Defina a posição que as rimas ocuparão no poema.
f- Produza a quadrinha em uma folha de rascunho. Depois, revise-a e verifique se você seguiu todas as orientações. Faça as alterações necessárias e passe a quadra a limpo. Treine a recitação para que sua apresentação seja um sucesso.


___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atividade 3
Poema em forma de acróstico

Leia e observe este poema

Posso dizer que cantei
Aquilo que observei
Tenho certeza que dei
Aprovada a relação
Tudo é tristeza e amargura
Indigência e desventura
Veja, leitor, quanto é dura
A seca no meu sertão.

       Patativa do Assaré

Nesse poema, Patativa do Assaré ordenou as letras iniciais dos versos para formar uma palavra. Nesse caso, o próprio nome do autor: Patativa. Esse recurso é chamado “acróstico”.
Nessa atividade, cada um vai criar um acróstico com o seu próprio nome.
Para compor os versos, fale de suas características, do seu jeito de ser, das coisas que gostam.

Para te auxiliar nessa produção, complete estas frases.

Eu sou _________________________________
Eu gosto muito quando____________________________
Fico triste quando___________________________________
Meus amigos dizem que____________________________
Fico desanimado quando____________________________________
Minha maior qualidade é___________________________________
Às vezes eu _____________________________________________
Sonho com_____________________________________

Observe este feito pela Paula.

Pequena
Alegre
Um dia eu fui...
Livre, leve
Agora eu sou.

Agora faça o seu.


 Atividade 4

Leia alguns poemas




Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras distantes...
- palavras que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.

E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo
até não se sabe quando...
- e um dia me acabarei.

Coisas do reino da minha cidade
Cora coralina   (nome literário de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas)
Olho e vejo por cima dos telhados patinados pelo tempo
copadas mangueiras de quintais vizinhos.
Altaneiras, enfolhadas, encharcados seu caules,
Troncos e raízes das longas chuvas do verão passado
Paramentadas em verde, celebram a liturgia da próxima florada.
Antecipam a primavera no  revestimento da brotação bronzeada,
onde esvoaçam borboletas amarelas.
As mangueiras estão convidando todos os turistas,
para a festa das suas frutas maduras, nos reinos da minha cidade.
..........................................................................................................
Estas coisas nos reinos de Goiás.




Na minha terra

Álvares de Azevedo

Amo o vento da noite sussurrante
A tremer nos pinheiros
E a cantiga do pobre caminhante
No rancho dos tropeiros;

E os monótonos sons de uma viola
No tardio verão,
E a estrada que além se desenrola
No véu da escuridão;

A restinga d'areia onde rebenta
O oceano a bramir,
Onde a lua na praia macilenta
Vem pálida luzir;

E a névoa e flores e o doce ar cheiroso
Do amanhecer na serra,
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu de minha terra;

.....................................................


Atividade 5

Agora chegou a hora de você escrever um belo poema, decida quais recursos poéticos você vai usar. Comece a compor o poema sobre qualquer coisa:  amizade, escola, amor, paz, viagem, brincadeiras, sentimentos, família, animais, etc.. Siga as mesmas orientações da atividade 2 (PRODUÇÃO ESCRITA)..
 Use a sua imaginação para criar um texto criativo e estimulante, pois os seus colegas terão a oportunidade de conhecer o seu poema, que será recitado em sala de aula.


Para compor poemas, mesmo os poetas consagrados ficam muito tempo melhorando seus versos, arrumando, organizando, mexendo nas palavras. É preciso tempo, não só pra fazer correções, mas para aprimorar o texto. É assim que os poetas deixam de lado o lugar-comum, rompem com os clichês e conseguem encantar o leitor com um texto original e criativo.