terça-feira, 29 de abril de 2014

Gênero textual notícia: proposta de produção

Leia o conto  Chapeuzinho Vermelho, observe que essa história narra alguns acontecimentos: a mãe pede um favor à filha, a menina sai de casa, a mãe faz inúmeras recomendações, a menina encontra o lobo, o lobo interfere na ação planejada pela menina, a atitude do lobo põe em risco a vida da menina e de sua avó, o caçador salva a menina e a sua avó e, afasta o perigo (lobo) do cenário da história.
Vocês agora irão se disfarçar de repórter por um dia e deverão, nessa nova função, produzir uma notícia de jornal que informe os leitores sobre os episódios ocorridos na história da Chapeuzinho Vermelho. Imagine-se um repórter que faça parte da história e que tem o importante papel de noticiar a todos o que aconteceu.
Como você irá escrever um texto informativo, não deverá esquecer das informações importantes que precisam fazer parte desse tipo de texto:

a) O que aconteceu?

b) Onde?

c) Quem estava envolvido?

d) Por quê?

e) Quando?

f) Como?

Crie também uma manchete interessante para o seu texto jornalístico. Escreva a manchete com letras em destaque e com um título curto. A cada parágrafo você deverá acrescentar um dado novo:
a) o primeiro parágrafo deverá apresentar um resumo do fato;
b) o segundo pode informar como, onde e quando o fato ocorreu e quem estão envolvidos;
c) os demais parágrafos deverão relatar a sequência dos fatos até finalizar a notícia.
Retome o texto criado, leia para os colegas do grupo e verifique se todas as informações foram comentadas no texto informativo e se a sua produção corresponde ao tipo de texto que se objetiva.
O texto tem que ser claro, objetivo, informativo e de fácil compreensão.

Chapeuzinho Vermelho                          (reconto)

Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
- Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.
Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
- Onde vai, linda menina?

- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranquila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
E o lobo respondeu:
- Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:

(Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)
Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
- Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
- Obrigada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
- É prá te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
- É prá te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
(A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de perguntar...)
- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!

- Uai! Socorro! É o lobo!
A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
- Acho que o lobo devorou minha avozinha.
- Não se desespere, pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima abaixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.
- Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.
"O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."

Exemplo:

Chapeuzinho Vermelho desaparece no caminho da casa da sua avó 

Hoje, pela manhã, a garota  Chapeuzinho Vermelho foi visitar a sua avó mas até às 9 horas ainda não havia chegado. Foi então a partir daí que perceberam o sumiço da garota, quando a sua vovozinha ligou para a mãe dela. Os pais desesperados procuraram a polícia e registraram um BO, até agora, às 17.30 nenhuma pista da menina foi encontrada...





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